Há algum tempo que por
aqui não escrevia, mas a verdade é que também não tem havido motivos para tal.
Desde o meu último post
aconteceram algumas mudanças, mas que nada têm a ver com as abelhas.
Sobre as abelhas apenas
há a dizer que este ano optei por não crestar, dado que o ano apícola foi difícil
por estes lados, não existindo mel em quantidade que me levasse a tomar a iniciativa
de realizar essa operação.
As poucas reservas que as
abelhas conseguiram juntar, optei por deixá-las ficar para o período do
inverno.
Porque as reservas eram
poucas, tenho alimentado as colmeias com regularidade para ver se resistem
nestes tempos de frio e de escassez de alimento.
As coisas não têm corrido
mal e elas lá se vão aguentando…
Mas este Natal de 2013,
fica para a memória, afinal as condições climatéricas que se têm feito sentir
também não pouparam as minhas abelhas.
O meu pai já me tinha
dado conta de uma intervenção que teve de realizar de urgência, colocando
blocos de cimento por cima do telhado das colmeias, dado que ontem um deles tinha
“fugido” com o vento.
Confesso que fiquei um
pouco mais descansado, após a intervenção do meu pai, que seguramente haveria
de evitar que os telhados das caixas continuassem a voar.
Eis quando a minha “melhor
prenda” deste Natal, foi o telefonema da minha mãe esta tarde, dando conta que
uma das colmeias havia tombado completamente com o forte vento que se fazia
sentir e que o meu pai andava aflito a tentar remediar a situação.
A verdade é que a colmeia
que mais reservas tinha virou completamente, tendo o ninho e o sobreninho se
desmoronado completamente, havendo quadros espalhados por todo o lado.
De imediato “interrompi”
os festejos de Natal e percorri num ápice os cerca de 200 km que me separavam
do meu apiário, para me inteirar completamente da situação e poder tomar alguma
medida que pudesse reverter o infortúnio.
Chegado a casa já sem luz
do dia, porque estes dias pequenos são uma treta, fui de imediato para o
apiário ver como estavam as coisas e tentar melhorar alguma situação que o meu
pai tivesse deixado menos bem, dado que ele não é apicultor, não percebe nada
de apicultura, tem um medo terrível de abelhas e não pode ser mordido por causa
da sua alergia.
As coisas até estavam
arrumadas, os quadros estavam no sítio certo, tendo curiosamente deixado os quadros
com criação em baixo e reservas em cima… Havia abelhas… Alguns quadros de
reservas “feridos” dos trambolhões, mas as coisas até estavam todas
direitinhas.
Enfim… Resta agora
esperar uns dias para ver se a rainha se aguentou ou se morreu com toda a
confusão, para perceber se a colmeia está ou não perdida.
Caso não haja rainha, vou
ter de desfazer a colmeia, distribuir as reservas pelas outras colmeias e esperar
que não volte a acontecer, pois não é tempo de fazer rainhas novas, atendendo à
sua dificuldade em fecundar.
A vida de apicultor é
mesmo dura… Os bichos de duas pernas, os bichos de quatro pernas, o frio, a
chuva, o vento, o calor, o fogo, a falta de floração, as doenças… Demasiadas
variáveis para se conseguir controlar em pleno a situação.
Fica uma palavra de grande
agradecimento ao meu pai pela sua coragem, empenho e trabalho na tentativa de
ajudar a resolver a situação, mesmo não percebendo nada da atividade e sendo
alérgico à apitoxina, bem como à minha namorada e restante família que me viram
sair a correr este Natal, para salvar as minha abelhinhas.
Uma palavra também de
força e coragem para todos os apicultores, que tal como eu, também tiveram
perdas no seu efetivo devido às difíceis condições atmosféricas destes últimos
dias.
Apesar de tudo… UM FELIZ
NATAL e um BOM ANO NOVO!!!
Saudações Apícolas!!
Sem comentários:
Enviar um comentário